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Carta Aberta á Comunidade: Coronavírus

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O momento é de cuidarmos uns dos outros




No final de 2019, o mundo assistiu preocupado a ascensão de um vírus que, ao que parecia, se restringia a apenas a cidade de Wuhan, na China.

Aos poucos as informações foram sendo disseminadas, infelizmente muitas delas falsas. Entre as informações lançadas, tomamos conhecimento de que se tratava de uma espécie nova de Coronavírus, o qual, em um subtipo diferente, já havia acometido o Japão (Sars) e o Oriente Médio (Mers).

Em menos de quatro meses, o surto local adquire status de pandemia, atingindo todos os continentes, tendo como foco mais expressivo, a Itália, nesse momento, contudo não para de se agravar na maior parte do globo terrestre.

Eis que o Covid19 desembarca no Brasil, pela cidade de São Paulo, e sabemos que na lógica do Capital, o trabalhador só importa quando pode ser explorado, gerar a riqueza alheia, quando se tem essas condições, a massa excedente, seu exército de reserva pode tranquilamente ser sacrificado, sem peso algum na consciência.

Assim, é necessário refletirmos um pouco sobre tal temática, numa época que a desinformação, fake-news e mentiras se propagam em uma velocidade tal qual o que é correto ou até mais velozmente, se faz urgente pensar em como agir e quais procedimentos adotar. Primeiramente, a título de esclarecimento, nosso coletivo é formado por profissionais da educação e não da saúde, o que estamos propondo nesta carta é pensarmos no que seja viável para a comunidade escolar, na qual fazemos parte, e denunciarmos como já temos feito, o que o Brasil e o Estado de São Paulo fizeram e estão fazendo nesse momento de aguda crise.

A respeito do Coronavírus é necessário termos calma e atenção. A pandemia já está alastrada e ampliada, o que se pode fazer então? No primeiro momento é estar atento em muitos veículos de comunicação de massa de diversas linhas ideológicas e estar atento às idéias que cheguem a ponto comum (credibilidade), instituições oficiais e acompanhar orientações médicas para agir dentro do que é pedido.

O segundo momento é o de ter calma, não se desesperar e agir no "efeito manada", sair desesperadamente adquirindo tudo que vê pela frente ou julga essencial, acentuando ainda mais o sistema caótico que se espalha. O ter calma é saber que a doença já está fora de controle, o que pode se fazer é minimizar o seu impacto, resguardando-se e resguardando os próximos a você para se cuidarem e adotarem as medidas oficiais de prevenção. A doença por estar fora de controle e o Estado brasileiro e paulista terem adotados medidas cada vez mais entreguistas ao Capital privado e “sucateadoras”, conseguiram reduzir ainda mais as condições para o sistema público abarcar toda a grandiosidade do problema colocado, e por sua vez o sistema privado também não tem essa condição e priorizará os que são mais abastados monetariamente.

As medidas que estão sendo tomadas nesse momento no Brasil (menos) e São Paulo (mais), nada mais são do que o nítido entendimento que "não temos" como atender satisfatoriamente a tod@s, ficar em casa, fazer o próprio isolamento é a tentativa de priorizar os casos extremos e, assim, dosando o impacto de absorção dos doentes ao sistema de saúde brasileiro, público e privado, ou seja, ter um controle dos doentes para ir tratando, dispensando e ai ter como atender satisfatoriamente bem o outro, se isso não ocorrer é presumível que as mortes aumentarão demais, e nesse sistema que vivemos, sabemos que os que têm menos dinheiro serão os marginalizados.

A situação é complicada, mas, não devemos esquecer de apontar quem são os reais culpados por isso, no mundo, se chama Capitalismo, no Brasil se transvestiu de Michel Temer, Jair Bolsonaro; em São Paulo de José Serra, Geraldo Alckmin e João Dória que por anos tem deixado de investir, estimular, fazer florescer a Ciência, Educação, sabotar nosso sistema de Saúde, basta pensarmos como tem voltado doenças que estavam "extintas" no Brasil. Essa política de desmonte começa a dar seus frutos, e o resultado é esse,a classe trabalhadora sendo exposta e colocada para o abate, pois, como sabemos essa "é a carne mais barata do mercado".

O momento é de cuidarmos uns dos outros! 

Trabalhadores e trabalhadoras uni-vos!


CERL - Coletivo Educadores Resiliência e Luta.

(Subsede Mauá & Subsede Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra).

11/03/2020.


L I Ê N C I A E L U T A
Nosso contato: https://coletivoeducadoresresilienciaeluta.blogspot.com/
Volume 1, edição 1— Ano 2.
CARTA-ABERTA ESPECIAL—CERL

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