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Pandemia, Isolamento social e Educação: reflexões!

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia da Covid-19 em 11 de março de 2020, hoje, o mundo tem aproximadamente 425 mil mortes e mais de 7,6 milhões de pessoas que foram ou estão contaminadas. Atualmente, o epicentro da doença é a América Latina, sendo o Brasil o país que mais tem contribuído para essa situação, com maior número de contaminados diariamente e óbitos ultrapassando a média de 1000 mortes diárias na duas últimas semanas.

A pandemia começou na China, e pelos estudos sérios realizados até o presente momento, não apontam uma doença de laboratório, e sim, algo relacionado às práticas de comércio de animais e as interações nesses espaços com humanos como hipótese mais aceita pelas evidências estudadas.

A doença fez um trajeto muito nítido, o que nos permite entender a luta de classes, o ponto inicial, a China, que praticamente em 4 meses desenvolveu ações severas para controlar a doença no país, e proporcionalmente ao número de habitantes, os que ficaram doentes e os que morreram foi muito baixo.

Entretanto, o coronavírus não ficou restrito apenas à China, a doença se espalhou severamente pela Europa e Estados Unidos, os países desenvolvidos da regionalização Norte-Sul, mesmo que o conceito geográfico não seja uníssono entre os profissionais da área, se encaixa bem nesse contexto da pandemia. Os países do “Norte”, os desenvolvidos, foram os primeiros a sofrer o impacto da doença, e por uma simples razão, os contatos que realizaram por meio de viagens foram disseminando a doença nos locais em que passaram.

A Europa ficou amplamente exposta ao vírus, sem ações eficazes para sua contenção, os burgueses não quiseram dar o “braço a torcer”, e acharam que conseguiriam deixar suas produções a todo vapor, contudo, a pandemia se mostrou muito severa, e os óbitos arrolaram com muita facilidade entre os idosos, os mais vulneráveis do sistema Capitalista do países do “Norte”. O sistema de saúde praticamente colapsou no continente, e em algumas regiões específicas, foi o que aconteceu como parte da Itália e Espanha, por exemplo.

O medo se difundiu, e a política de isolamento social foi adotada como único meio de proteção da vida a uma doença que não tem formas eficientes de ser combatida momentaneamente. Alguns países, tentaram se colocar contra a doença, com o discurso negacionista e minimalista a seu teor e impacto. Contudo, esse isolamento contemplou a necessidade da burguesia se proteger, e não ter tantas mortes.

Os Estados Unidos, por ter um governo “anti-establishment” com Donald Trump, relutou muito em adotar as medidas indicadas pela OMS, baseadas na ciência, e em outras instituições científicas reconhecidas que indicavam-lhe o melhor caminho de proteção, o que por sua vez foi morosamente adotado, colocando o país até o presente momento como o que mais teve pessoas contaminadas e mortas no planeta. E concomitante a essa situação, escancarou as desigualdades sociais do país, o modelo de “Capitalismo bem sucedido”, que atingiu principalmente pobres, negros, latinos e imigrantes, por estarem desprotegidos ao direito de utilização do sistema de Saúde, que visa apenas quem tem dinheiro, ou seja, os mais abonados monetariamente. A classe burguesa adotou as medidas de isolamento social para se proteger, entretanto, os menos abastados ficaram vulneráveis, muitas das vezes, continuando a gerar os lucros dos burgueses, sem direito ao isolamento social, inclusive sem poder fazer, por não ter moradia digna ou nem ter uma moradia.

Após e simultaneamente em algumas localidades, a covid-19 chegou aos países do “Sul”, as nações em desenvolvimento, desde então, tem se notado uma nova caracterização da doença, as pessoas que mais morrem, são as mais pobres, com menos recursos sociais, econômicos e sanitários. Evidentemente, todos os países tem sua casta elitista que detém os recursos financeiros, com a Burguesia no Brasil, não foi diferente de outros países, em pânico não negligenciou o “seu” direito de isolamento social e como efeito colateral, os menos favorecidos tiveram esse “direito” concedido. A partir do momento, que a classe burguesa entendeu estar protegida o suficiente, a campanha para o fim do isolamento social têm se intensificado: primeiro com manifestantes bolsonaristas em carreatas por parte da classe média, depois com os lobbies insistentes da burguesia industrial e comercial, tendo o ápice numa reunião com o presidente brasileiro Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, marchando em direção ao Palácio-STF do Superior Tribunal Federal (STF), a fim de tensionar o presidente da suprema corte nacional, no propósito de viabilizar meios jurídicos de retomada industrial e comercial plena e acabar com o isolamento social que não interessava mais, isso num dia que o Brasil rompeu com número de 9 mil mortes confirmadas pela doença.

Estamos adentrando no 3° mês de isolamento social. Os baixos índices apresentados pelo monitoramento feito pelas operadoras de telefonia de celular indicam que, em média, 50 a 55% da população pode gozar do direito de permanecer em casa ou estão, na pior e a mais provável das hipóteses, em desalento, impedidas de ganhar o pão, dependendo da solidariedade da classe sobrevivendo de doações de alimentos, tentando se resguardar do vírus, mas e a outra metade da população?

Muitos evidenciaram a necessidade da prática do "fique em casa", porém, sem um aporte comprometido do governo o apelo ficou enfraquecido, recebendo um complemento: “se puder”. É preciso refletir a partir deste prisma, pois o “se puder” do trabalhador definitivamente não tem os mesmos tons do “se puder” do burguês. A elite, no início da pandemia se viu como alvo principal do coronavírus, naquele momento os índices de contágio e números de óbitos acenderam o alerta vermelho dessa comunidade, que não tardou em levantar a bandeira do isolamento social com fortíssima convicção.

O Brasil, por sua dimensão continental e particularidades regionais intrinsecamente ligadas às condições geográficas, não tem como ser visto de forma homogênea, entretanto, a doença não tem distinção a sua difusão por conta dessas características, o que ela precisa basicamente é contato entre pessoas, não é por acaso, que as portas de entrada no Brasil, e consequentemente, as cidades e circunvizinhas atingidas foram as ligadas ao forte contato estrangeiro, seja pela questão econômica, política e turística, assim, os locus da doença foram as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Manaus, Recife, Brasília, enfim, grandes portas de entrada do mundo ao país.

Essas cidades, ainda continuam sofrendo, porém, ao que tem se apresentado, tem ocorrido uma estabilização nos números de casos e óbitos, ao que podemos chamar de “primeira onda”, o problema que não se controlou esse estágio, a pressão da Burguesia, a sabotagem do governo federal e as condições socioeconômicas dos desfavorecidos, a classe trabalhadora, que tem sido obrigada a perder o “direito” de defender sua própria vida com a política sanitária de isolamento social.

O isolamento social não é uma política burguesa, é uma política sanitária! 

A desigualdade social sim, é uma política burguesa que deve ser combatida!

O Brasil iniciou a difusão da covid-19 pelas portas de entrada do mundo no país, espalhou pelas grandes cidades e agora se espalha pelo interior, e o pior de tudo, o cenário não mostrou inflexão nos números de contágios e mortes, pelo contrário, nenhum país no mundo tem um cenário tão trágico como o Brasil, levando em conta o número do primeiro caso, da primeira morte e dia após dia de sua evolução, como indicam estudos, o país não chegou ao pico nem nessa “primeira onda” do coronavírus.

O tempo passou, os ricos obviamente, conseguiram tratamento adequado contra o Sars-Cov-2 e como consequência puderam ter sua saúde restabelecida, mas e o trabalhador que não foi dispensado de suas funções? Sendo obrigado, em muitos casos, a continuar com sua força de trabalho, em diversas vezes, em condições análogas à escravidão, sendo impedidos de retornar aos seus lares, pois as “sinhás” não poderiam ficar a mercê de sua “falta de aptidão para realização de trabalhos domésticos”.

Aqueles que conseguiram retornar para suas casas ao final do dia, tendo contato com seus patrões sabidamente doentes, levaram o mal mortal para dentro de seus lares e comunidades.Tragédia anunciada: a falta de saneamento básico, a exposição em transporte público lotado e indigno, moradias precárias divididas com um grande número de pessoas, a pobreza enfim, deram o start para a tempestade perfeita, e hoje são choradas mais de 41 mil vidas ceifadas pelo coronavírus no Brasil, majoritariamente vidas pretas, pobres e periféricas.

Para o trabalhador, ficar em casa pode representar o risco do prato vazio, pois atingimos mais de 80 dias de quarentena e grande parcela da população ainda não conseguiu ser contemplada com o auxílio emergencial, pessoas que realmente necessitam desse subsídio viram que a destinação deste recurso foi parar na mão de militares e jovens ricos, e a outra parte que possui carteira assinada se viu às voltas com o patrão, que o ameaça de demissão, isso sem mencionar os cortes brutais de salário que afetaram 7 milhões de trabalhadores, medida esta que representou 21% daqueles que têm emprego formal no país, estes, se lançam diariamente ao risco de contaminação, em uma espécie de “roleta russa”, em ônibus, trens e metrôs abarrotados, para cumprirem suas jornadas de trabalho.

Alguns romantizadores profissionais da pandemia diriam que ela veio pra nos mostrar que somos todos um e que estamos no mesmo barco. Alto lá! A única coisa que nos une, em meio a este caos, é o instinto de sobrevivência. Sobre estarmos no mesmo barco, pode-se dizer que essa é uma afirmação, no mínimo, desonesta, que relativiza a luta de classes que o Capital produz, colocando uma minoria em iates de luxo e a esmagadora maioria em barquinhos e canoas furadas, no enfrentamento dessa tempestade de “proporções bíblicas”. É sabido que a classe burguesa já comemora o fato de que o pico da Covid já passou para os ricos, como apregoa o presidente da XP Investimentos.

A partir deste entendimento a burguesia, que respira aliviada por ter passado pelo pico da pandemia, tem forçado a flexibilização da quarentena, mostrando sua sanha desenfreada pelo lucro, exigindo a reabertura da economia, no momento em que estamos na ascendência da curva de contágio, apresentando recordes diários de novas infecções e óbitos, cenário este que o mundo inteiro não teve coragem de adotar, fato que notabiliza o menosprezo do empresariado brasileiro pelas vidas dos trabalhadores.

O principal causador dessa situação é o governo federal com sua política de sabotagem, que confundiu demais os populares, não levando em nenhum momento a convergência de ações entre federação, estados, municípios e população. Os índices do país estão colocados, e a situação só piora, o que o governo tentou fazer de forma autoritária foi “sumir” com esses números, divulgar dados divergentes em um único dia, enfim, confundir, manipular a realidade para distorcer a real situação do país, tentar encobrir a fracassada política de combate ao coronavíruse emplacar os interesses burgueses custe o que custar.

E a burguesia atuante no Brasil entendeu e assumiu que não tem mais a necessidade do isolamento social, até porque, os primeiros a sofrerem com a pandemia foram as pessoas com melhores condições de vida, acostumadas a viagens internacionais, no momento que conseguiram se resguardar, ficarem protegidas, diminuindo consideravelmente as chances de serem abarcadas pela doença, estimulam o retorno das ações econômicas que sustentam sua classe, e para isso ocorrer a classe trabalhadora não pode estar em casa, a oferta de mão de obra está em alta. O sociólogo português Boaventura de Sousa Santos no ensaio intitulado “A cruel pedagogia do vírus” nos permite uma pertinente reflexão:
“(...). A extrema direita tem crescido um pouco por todo mundo. Caracteriza-se pela pulsão antissistema, pela manipulação grosseira dos instrumentos democráticos, incluindo o sistema judicial, o nacionalismo excludente, a xenofobia e o racismo, a apologia do Estado de exceção securitário, o ataque à investigação científica independente e à liberdade de expressão, a estigmatização dos adversários concebidos como inimigos, o discurso de ódio, o uso das redes sociais para comunicação política em menosprezo dos veículos e mídias convencionais. Defende em geral o Estado mínimo, mas é pródiga nos orçamentos militares e nas forças de segurança. Ocupa um espaço político que por vezes lhes foi oferecido pelo fracasso rotundo de governos provindos da esquerda, mas, que se entregaram ao catecismo neoliberal sob a ardilosa ou ingênua crença na possibilidade de um capitalismo com rosto humano, um oximoro desde sempre ou, pelo menos, nos tempos de hoje.Em alguns países, a extrema direita associa-se a versões altamente politizadas e conservadoras da religião: evangelismo pentecostal em vários países da América Latina, catolicismo reacionário na Europa, hinduísmo político na Índia, budismo radical em Myanmar, islamismo radical no Oriente Médio. Defende as políticas neoliberais, por vezes com extremismo superior à ortodoxia do FMI. A extrema direita namora e é namorada pelos partidos de direita convencionais sempre que eles precisam de apoio às versões menos extremas de políticas neoliberais. Na presente crise humanitária, os governos de extrema direita ou de direita neoliberal falharam mais que os outros na luta contra a pandemia. Ocultaram informação, desprestigiaram a comunidade científica, minimizaram os efeitos potenciais da pandemia, utilizaram a crise humanitária para chicana política. Sob o pretexto de salvar a economia, correram riscos irresponsáveis, pelos quais, esperamos, serão responsabilizados. Deram a entender que uma dose de darwinismo social seria benéfica: a eliminação de parte das populações que já não interessam à economia, nem como mão de obra trabalhadora nem como fonte consumidora, ou seja, populações descartáveis, como se a economia pudesse prosperar sobre uma pilha de cadáveres. Os exemplos mais marcantes são a Inglaterra, os EUA, a Índia, o Brasil, as Filipinas e a Tailândia.”(pp.26,27) [grifo nosso].
As demandas sociais se aprofundam, a classe trabalhadora não está tendo o direito humanitário de isolamento social, e as contas não tardarão a chegar como bem colocou Drauzio Varella no artigo de opinião do veículo de comunicação burguês Folha de São Paulo denominado “A Covid-19 avança sem levar em conta a justiça de reivindicações sociais”: Por mais justos que sejam os protestos, no entanto, as consequências não se farão esperar: em duas ou três semanas haverá aumento do número de mortes no país.

A luta é incessante, as demandas da classe trabalhadora não se esgotam, ainda mais nesse contexto de continuidade da crise criada pela Burguesia e aprofundada com a pandemia que se oportuniza para “passar os bois” em tudo que tange estabelecer o estado mínimo e prejudicar mais a classe desafortunada com mais precarização, carestia e menos condições dignas para viver.

Contudo, nesse momento lutar contra o “direito” de isolamento social não é um erro que punirá os trabalhadores e dará o que a burguesia quer?
Ser contra o isolamento, mesmo que por bons motivos não contempla os anseios do darwinismo social suscitado por Boaventura de Sousa Santos?

Lutar pelo isolamento social é lutar pelo direito à vida da classe trabalhadora!
A situação de menosprezar a pandemia cobrará seu preço a tod@s, e a “carne” que mais será abatida na lógica Capitalista, é a de sempre: pobre, preta, trabalhadora! Os mais de 40 mil mortos não têm ensinado! Quando ensinará?

A educação escolar no pós pandemia

O isolamento social impôs novas relações no mundo do trabalho ao substituir as relações presenciais por virtuais, na educação escolar não foi diferente, em um primeiro momento o ensino EAD e o homeschooling e o caminhar para a tal educação híbrida como resposta ao retorno gradual presencial das aulas.
O resultado desse modelo tem se mostrado desastroso tanto pela linguagem e tempos didáticos inadequados visto que uma aula EAD não pode ser uma réplica do modelo presencial, quanto ao acesso às tecnologias seja por parte dos profissionais na educação quanto dos estudantes, fato agravado pela profunda desigualdade social e perversa distribuição de renda no nosso país, visto que boa parte dos estudantes e professores, principalmente das escolas públicas, não possuem equipamentos ou acesso à internet.

Belos discursos sobre educação híbrida vem sendo disseminados como resposta ao futuro próximo pós pandemia, onde a retomada das aulas prevê rotatividade dos estudantes presencialmente complementada pelas aulas on-line.

Assistimos hoje estudantes e famílias saturadas com tarefas escolares, enquanto os professores, professoras e demais profissionais da educação trabalham muito além de sua jornada de trabalho para atender as demandas postas nesse novo modelo educativo.

A educação híbrida apresentada como a resposta para o pós pandemia, onde empresas de tecnologias, grandes ONGs e institutos pela educação, juntamente com bancos financiadores como BID e Banco Mundial cujo objetivo é pressionar a compra, principalmente pelo poder público, de seus produtos e treinamentos virtuais como as ferramentas ideais em resposta ao caos instaurado.

Vendem as ferramentas mas não solucionam como colocá-las em prática visto os problemas relacionados ao aumento da jornada de trabalho dos professores, a falta de privacidade e a desigualdade no acesso dos envolvidos.
Esse período pandêmico tem evidenciado o abismo da desigualdade na Educação, fator ignorado solenemente pelo governo estadual que lança mão de artifícios mirabolantes para justificar o uso e criação de ferramentas tecnológicas, atiçando a cobiça de gigantes da educação privada, que veem neste momento uma grande oportunidade de avançar sobre os recursos públicos, agindo como mercadores de soluções infalíveis, que servirão de arapuca para a comunidade escolar no pós pandemia, pois serão utilizados como bandeira eleitoreira e principalmente como arma na destruição da educação presencial.

E assim, particularmente para ser aplicada no Ensino Médio, cuja reforma nacional prevê 30% da grade curricular no modo EAD, e concomitante a essa situação, devemos lembrar que está sendo suscitado um eventual 4º ano no Ensino Médio para 2021 na rede pública estadual paulista não deixando claro como poderá ser inserido mais um ano letivo ao Ensino Médio, e em quais condições? Novamente a tentativa de implementação de uma reforma no ensino estadual - como ocorreu em 2015 - com reorganização das Unidades Escolares entre as que contemplem apenas Ensino Fundamental II das que aloquem o Ensino Médio? Ensino presencial ao 4ºano (E.M)? Híbrido? Ou totalmente a distância?

Dória e Rossieli ignoram a situação calamitosa em que vivem grande parcela dos estudantes de São Paulo, sem tv, internet ou celular. A Educação paulista abrange 3,6 milhões de alunos, cerca de 44% deles não estão acompanhando as aulas veiculadas pela tv e pelo aplicativo, estando completamente excluídos deste processo, algo que parece não causar comoção nos agentes governamentais.

É nesse momento em que se escancara o quanto o Estado é mínimo para o trabalhador e protecionista para a elite, ou seja, não promove a implementação de políticas públicas para garantia mínima das condições entendidas como dignidade para pessoa humana, mas por outro lado, beneficia e socorre com dinheiro público o empresariado e o setor financeiro ao admitir a falácia privatista, meritocrática e tecnológica como ideal para a atual condição de bem estar social pós pandemia.


Fontes
https://qap.ecdc.europa.eu/public/extensions/COVID-19/COVID-19.html
https://jornal.usp.br/artigos/covid2-o-que-se-sabe-sobre-a-origem-da-doenca/
https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/06/10/nova-alta-de-infeccoes-de-covid-19-atinge-os-eua.ghtml
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/04/coronavirus-mata-negros-e-pobres-de-forma-desproporcional-nos-eua.shtml
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2020/04/29/pessoas-em-situacao-de-rua-dormem-no-metro-vazio-de-nova-york.htm
https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2020/03/31/pessoas-em-situacao-de-rua-sao-alojadas-em-estacionamento-nos-eua.htm
https://www.cartacapital.com.br/opiniao/o-coronavirus-e-o-direito-a-cidade-dos-pobres/
https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2020/05/na-pandemia-de-covid-19-negros-morrem-mais-do-que-brancos-por-que.html
https://oglobo.globo.com/brasil/com-aglomeracao-bolsonaro-guedes-empresarios-vao-pe-ao-stf-pressionar-por-reabertura-da-economia-1-24414698
https://www.saopaulo.sp.gov.br/coron;a/virus/isolamento/
https://www.sanarmed.com/pandemias-na-historia-comparando-com-a-covid-19
https://www.istoedinheiro.com.br/quarentena-global-e-evento-inedito-na-historia-das-pandemias/
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-52988646
https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/03/19/primeira-vitima-do-rj-era-domestica-e-pegou-coronavirus-da-patroa.htm
https://www.conversaafiada.com.br/economia/governo-bolsonaro-paga-auxilio-emergencial-a-jovens-ricos-e-funcionarios-publicos
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/mpv/mpv936.htm, artigo 7 e 8.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/05/7-milhoes-de-trabalhadores-formais-tiveram-salario-e-jornada-cortados-apos-pandemia.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/05/brasil-esta-indo-bem-no-controle-do-coronavirus-e-pico-nas-classes-altas-ja-passou-diz-presidente-da-xp.shtml
https://brasil.elpais.com/brasil/2020-06-06/governo-bolsonaro-impoe-apagao-de-dados-sobre-a-covid-19-no-brasil-em-meio-a-disparada-das-mortes.html
SANTOS, Boaventura de Sousa. A Cruel Pedagogia do Vírus. São Paulo: Boitempo, 2020, pp.26-27.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/drauziovarella/2020/06/a-covid-19-avanca-sem-levar-em-conta-a-justica-de-reivindicacoes-sociais.shtml
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/05/26/66percent-dos-brasileiros-de-9-a-17-anos-nao-acessam-a-internet-em-casa-veja-numeros-que-mostram-dificuldades-no-ensino-a-distancia.ghtml
https://www.geekie.com.br/blog/dia-mundial-da-educacao-2020-tendencia-pos-coronavirus/
https://toninhovespoli.com.br/bonitinhos-mas-nao-inofensivos-os-empresarios-e-a-educacao-como-negocio/
https://brasilescola.uol.com.br/noticias/ensino-medio-podera-ser-cursado-ate-30-porcento-distancia/3123863.html
https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2020/06/contra-atraso-da-pandemia-governo-de-sp-deve-lancar-4o-ano-do-ensino-medio.shtml
http://g1.globo.com/sao-paulo/escolas-ocupadas/noticia/2015/12/ocupacoes-atos-e-polemicas-veja-historico-da-reorganizacao-escolar.html
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/05/21/ensino-a-distancia-faz-desigualdade-ficar-escandalosa-diz-avo-de-aluno-que-nao-consegue-estudar-por-falta-de-equipamentos-em-sp.ghtml





CERL - Coletivo Educadores Resiliência e Luta.

(Subsede Mauá).

13/06/2020.

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